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Catarata pediátrica pós-trauma

Traumatic pediatric cataract

OBJETIVO: Estudar a catarata pediátrica pós-trauma, com relação ao tipo de trauma, o tempo decorrido entre este e a cirurgia e a correlação entre a acuidade visual obtida com o tratamento realizado. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de pacientes atendidos no serviço de Catarata Congênita da Universidade Federal de São Paulo, no período de agosto de 1988 a dezembro de 2001, com diagnóstico de catarata pediátrica pós-trauma. RESULTADOS: Foram revisados 66 prontuários de pacientes com diagnóstico de catarata pediátrica após trauma, correspondendo a uma incidência de 4,80% do total de casos atendidos no serviço. Com relação ao sexo, 47 (71,22%) eram do sexo masculino e 19 (28,78%) do sexo feminino. Do total de casos de trauma, 35 (53,03%) foram contusos, 21 (31,82%) penetrantes e 10 (15,15%) não classificados. O tempo médio decorrido entre o trauma e a cirurgia foi de 7 anos e seis meses. As principais complicações pós-operatórias descritas foram seqüelas de uveítes em 13 pacientes (21,12%) e opacificação de cápsula posterior em 10 (15,15%). Em 30 olhos foi possível obtermos as acuidades visuais inicial e final; deste total, 1 olho (3,33%) possuía AV inicial superior ou igual a 20/60 com melhor correção e 12 (40%) olhos AV final superior ou igual a 20/60 com melhor correção. Os pacientes foram acompanhados em média por 2 anos. CONCLUSÃO: A melhora da acuidade visual foi estatisticamen-te significante (teste de Wilcoxon p<0,001), sendo mais intensa nos olhos submetidos a tratamento cirúrgico (p<000,1) do que nos olhos submetidos a tratamento clínico (p=0,043).

Extração de catarata; Catarata; Acuidade visual; Ferimentos e lesões; Ferimentos penetrantes; Pseudofacia


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