OBJETIVO: Analisar a taxa de sucesso e complicações em pacientes com obstrução lacrimal, submetidos à entubação bicanalicular na cirurgia de dacriocistorrinostomia externa (DCR-Ex). MÉTODOS: Foram analisados os dados dos pacientes operados no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. A entubação lacrimal foi realizada com tubo de silicone, removido após oito semanas. O sucesso da cirurgia foi considerado nos casos de pacientes sem epífora ou secreção ocular no pós-operatório, com boa passagem de fluido para a narina ou orofaringe. As complicações relacionadas com o tubo de silicone foram agrupadas em uma tabela. RESULTADOS: Os pacientes foram operados no período de abril de 2002 a julho de 2006, com tempo de seguimento médio de três meses. Do total de 65 olhos obteve-se uma taxa de sucesso de 89,2%. Sete pacientes apresentaram epífora no pós-operatório, dos quais 5 foram reoperados. Em 7 olhos houve extrusão do silicone com menos de 15 dias de pós-operatório, e neste grupo 1 paciente necessitou de reoperação. Seis olhos apresentaram complicações com o silicone: prolapso do tubo (4 casos), formação de granuloma na cavidade nasal (1 caso) e aderência dos pontos lacrimais (1 caso). COCLUSÕES: Este grupo de pacientes apresentou taxa elevada de sucesso (89,2%) com a cirurgia de DCR-Ex associada à entubação bicanalicular. A entubação intra-operatória com tubo de silicone não é isenta de complicações.
Dacriocistorinostomia; Obstrução dos ductos lacrimais; Intubação; Osteotomia; Dacriocistite; Elastômeros de silicone