As chamadas espículas positivas a 14 e 6 ciclos por segundo, descritas e correlacionadas por Gibbs e Gibbs em 1951, não têm sido referidas em vários trabalhos electrencefalográficos. Essa omissão talvez decorra do fato de que os métodos de exame usados por muitos electrencefalografistas não oferecem condições favoráveis para o reconhecimento desses complexos de espículas positivas a 14 e 6 ciclos por segundo. O autor descreve os métodos que vem empregando, tecendo considerações sôbre os vários fatôres que lhe permitiram reconhecer nítidamente êsses complexos em 12% dos traçados feitos em seu Serviço. Salienta que essa anormalidade se apresenta com mais evidência quando se usam orelhas opostas como referência, na chamada técnica monopolar, em uma ou outra fase de sonolência ou sono. Mostra a baixíssima incidência nos traçados obtidos em vigília e as razões de seu difícil reconhecimento, mesmo no traçado de sono, quando a técnica chamada bipolar é a única utilizada. O trabalho é documentado com 14 ilustrações.