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Ensaio clínico com a triflupromazina (Siquil) em psicóticos

Clinical experience with Siquil in the treatment of psychotic patient

Os autores apresentam o resultado do ensaio clínico da triflupromazina (Siquil) em doentes psicóticos. Os doentes tratados foram classificados nos seguintes grupos nosológicos: reação esquizofrênica, 15 casos; reação maníaca, 5 casos; reação psicótica involucional, 2 casos; agitação arterioscle-rótica, 1 caso. Os autores acentuam o poder sedativo da droga. A dose terapêutica em psicóticos variou entre 150 e 300 mg diários. Esta dose é 4 a 5 vêzes menor que a dose terapêutica da clorpromazina. Há diferença fundamental entre "dose terapêutica" e "dose sedativa": esta última, utilizável para doentes de ambulatório (neuróticos ou psicóticos com doses de manutenção), deve variar entre 25 e 100 mg por dia. Muitas vêzes doses insuficientes são motivo de fracasso no tratamento. O tempo de duração do tratamento foi de 25 a 90 dias. Para todos os doentes foi receitada dose de manutenção. Os efeitos colaterais observados foram de pouca monta, não sendo anotados efeitos nocivos de maior gravidade. Ocorreram 14 casos de síndrome de impregnação (56% dos doentes); os autores pensam que a síndrome não deve ser considerada como efeito colateral pròpriamente dito, mas como ocorrência desejável no tratamento de psicóticos. Os resultados obtidos foram considerados muito bons, obtendo alta hospitalar cêrca de 17 doentes, ou seja, 73% do total submetido à terapêutica. Dos 6 doentes nos quais a terapêutica fracassou, 3 eram doentes crônicos. O Siquil é, portanto, não sòmente um potente sedativo, mas uma droga útil no tratamento eficaz de psicóticos.


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