O autor define e explica o que é kinetograma e a técnica de sua realização. Mostra que a movimentação exigida resulta do funcionamento de quase todo o sistema nervoso central através de um mecanismo interno complexo do qual participam vários circuitos nervosos. Adverte que as lesões localizadas nestes últimos acarretam deformações e desorganizações kinetográficas peculiares. Informa que a observação vem demonstrando que desde o início de algumas enfermidades sistematizadas do sistema nervoso central existem variações características nos traçados. Em um caso de atetose unilateral, por lesão do striatum contralateral, o autor procura explicar a ação vicariante do hemisfério cerebral homolateral íntegro, por ocasião dos movimentos simultâneos e sinérgicos das duas mãos. Responsabiliza a comissura de Meynert pela condução interpalidal da suplência verificada mediante os kinetogramas e expõe o circuito reverberante aberrante (extrapiramidal) que entra em funcionamento nestas condições excepcionais.