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Tratamento da síndrome parkinsoniana pelo L-dopa

Parkinsonism's treatment by L-Dopa

O trabalho refere o tratamento com L-Dopa de 33 pacientes internados, sendo 19 homens e 14 mulheres. Os casos foram agrupados, segundo uma classificação esquemática, em leves, moderados, intensos e severos. As idades dos pacientes, previamente operados ou não, variaram de 42 a 78 anos. O esquema de medicação constou de administração de L-Dopa na dose inicial de 500 mg associado a um inibidor da MAO. A dose de L-Dopa era elevada de 500 mg cada 3 ou 4 dias, segundo a tolerância de cada paciente. Todos os sintomas dependentes, direta ou indiretamente, da rigidez tiveram melhoras mais nítidas em relação aos tremores. Durante a administração do medicamento os teores sangüíneos de ácido úrico e uréia, mostraram tendência para se elevar; a reserva alcalina, pelo contrário, tendeu para a diminuição; o hemograma revelou muitas vezes eosinofilia por vezes intensa. Os efeitos colaterais foram catalogados em dois tipos — efeitos adrenérgicos e efeitos dopaminérgicos — correspondentes a duas fases: uma primeira, de pequena duração, na qual foram usados concomitantemente o L-Dopa e um inibidor da MAO, surgindo cefaléia hipertensão arterial paroxística, rubor facial, sudorese, tenesmo vesical e angina pectoris; numa segunda fase surgiram os efeitos colaterais ditos dopaminérgicos, proporcionais à gravidade clínica do caso, cujas manifestações principais foram hipotensão arterial, sudorese fria, arritmia cardíaca e lipotimia. As complicações clínicas gerais eram representados habitualmente por anorexia, obstipação intestinal, náuseas, vômitos, discretas alterações do estado psíquico com depressão e euforia. Dentre as complicações neurológicas foram assinalados o estado parkinsonóide, discinesias e acatisia.


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