Mediante estudo duplo-cego cruzado são analisadas as alterações eletrencefalográficas em 39 pacientes submetidos à administração de terapêutica parenteral com uma substância de atividade metabólica cerebral (Hydergine) e administração de placebo. Os pacientes foram selecionados a partir de critérios rígidos: todos apresentavam síndrome de insuficiência vascular cerebral, porém estavam em boas condições físicas, sem sinais neurológicos focais e sem distúrbios psicóticos senis. Não foi feito uso de terapêutica que pudessem influir sobre os resultados eletrencefalográficos. Foram assinaladas as seguintes alterações do EEG: aumento estatisticamente significante do ritmo alfa de base, melhor estruturação e organização do traçado e diminuição dos ritmos beta, em 70% dos pacientes quando receberam a substância ativa, em 5% dos pacientes quando da administração do placebo; não foram assinaladas diferenças mensuráveis em 20% dos casos. A relação entre a ação da Hydergine a atividade bioelétrica cerebral é analisada e discutida.