Os autores relatam a observação anátomo-clínica de um paciente de 33 anos, com síndrome de hipertensão intracraniana e hemiparesia à direita. O líquido cefalorraqueano revelava discreta hipercitose linfomonocitária. A autópsia mostrou três abscessos cerebrais, com edema difuso mais intenso no hemisfério cerebral esquerdo, sem leptomeningite purulenta. O exame histopatológico demonstrou grãos actinomicóticos nos abscessos cerebrais e pulmonares. A literatura brasileira sobre neuroactinomicose é analisada, com encontro de seis casos, publicados entre 1934 e 1946. São discutidos aspectos clínicos e anátomo-patológicos relevantes dos casos nacionais.