Estudo de 17 biópsias musculares de pacientes com miastenia grave, utilizando técnicas de coloração a fresco e histoquímica muscular. Foram encontradas 15 biópsias musculares anormais, sendo que as principais alterações foram fibras musculares angulares escuras atróficas, excesso de gotículas de gordura na membrana externa das fibras, variação no diâmetro das fibras e atrofia de fibras do tipo II. Os achados foram interpretados como denervação em 11 biópsias, atrofia de fibras do tipo II em 7, infiltrado linfocitário em 4, necrose de fibras musculares com fagocitose em 1 e em 2 biópsias não foi encontrada qualquer anormalidade. Quanto maior o tempo de doença, mais severa foi a anormalidade encontrada. Dois pacientes apresentavam timoma, um miastenia grave congênita, um artrite reumatoide, um neurite hipertrófica intersticial, um tireoidite de Hashimoto e um com síndrome miastênica concomitante. São discutidos os achados anatomopatológicos e sua possível explicação.