Investigação prévia mostrou que ratos privados de sono (REM SD) mostram acentuação de resposta a agonistas dopaminérgicos. As evidências indicam que essa ação parece ser mediada por supersensibilização de receptores dopaminérgicos pós-sinápticos. Com base nisso, foi feita REM SD em ratos com modelo experimental da doença de Parkinson, nos quais foi feita lesão eletrolítica bilateral de ambas as vias nigro-estriatais. Sete dias após a cirurgia os animais eram submetidos a REM SD por 72 horas. Imediatamente após o final deste período era feita observação em campo aberto para a ambulação, "rearing", "grooming" e latência. Em comparação com ratos não-privados foi observado aumento significativo na ambulação e "rearing", resposta que reapareceu após um segundo período de REM SD, realizado 21 dias após a cirurgia. Estes dados, de melhora de dois parâmetros de modelo experimental da doença de Parkinson, sugerem que a privação de sono pode ser útil nesta doença.