Como parte de estudo prospectivo de 347 casos de doença cerebrovascular isquêmica (DCVI) internados em um hospital geral, foram avaliados 36 pacientes diabéticos e 36 controles com sexo, idade e pressão arterial semelhantes, com o objetivo de verificar como diabetes mellitus afeta o prognóstico em DCVI. Os 72 pacientes apresentavam vários tipos de DCVI (trombose, tromboembolismo ou embolia cardiogênica). Os pacientes diabéticos tiveram estatisticamente mais dias de internamento (p<0,05), mais complicações durante o internamento (p<0,05), mais complicações infecciosas (p<0,01) e maior número de óbitos ao fim do seguimento (p<0,05). Após 377 ±429 (média ± desvio padrão) dias de seguimento, em 50% dos diabéticos havia ocorrido o óbito, enquanto após 387±405 dias 25% dos não diabéticos haviam falecido. Os óbitos em ambos os grupos ocorreram em média no oitavo mês após o evento vascular que motivou a admissão inicial. Não foram notadas diferenças com respeito ao número de óbitos durante a internação inicial ou as condições neurológicas dos sobreviventes ao fim da admissão inicial e do seguimento.