As neuronopatias sensitivas caracterizam-se por parestesias, ataxia sensitiva e arreflexia sem comprometimento motor, devidas a lesão no gânglio sensitivo dorsal, com degeneração axonal e do cordão posterior da medula espinhal. Descrevemos o caso de uma paciente de 21 anos de idade, cuja doença se iniciou de modo agudo com parestesias distais, astasia, abasia e hiporreflexia. Força muscular normal. A condução nervosa sensitiva estava ausente e a motora, discretamente reduzida. LCR com 2 leucócitos/mm3 e 1,06 g/dL de proteínas. A biópsia de músculo evidenciou atrofia de fibras tipo 2 e a biópsia do nervo sural, desmielinização axonal. Tratada com prednisona, permaneceu discreto déficit proprioceptivo nos pés após um ano e meio de evolução. São discutidos aspectos clínicos do envolvimento dos gânglios sensitivos dorsais, possíveis etiologias tóxicas, a relação com neoplasias e com a síndrome de Sjogren.
neuronopatia sensitiva; poliganglionopatia sensitiva; neuropatía sensitiva aguda