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Epilepsia do lobo temporal: tratamento cirúrgico

Temporal lobe epilepsy: surgical treatment

Os autores apresentam 32 pacientes com crises epilépticas não controladas ou intratáveis mesmo fazendo uso de medicamentos em doses adequadas. O eletrencefalograma mostrou descargas paroxísticas focais na região temporal em todos os casos. O material foi dividido em dois grupos. O primeiro é composto de 18 pacientes em que os exames por neuroimagem (ressonância magnética e tomografia computadorizada craniana) mostraram imagens compatíveis com lesões expansivas cerebrais (como gliomas, malformações artério-venosas, tumor epidermóide); foi realizada exérese da lesão em todos os casos, associada à área irritativa adjacente que foi identificada pela eletrocorticografia intraoperatória, em seis casos; só foi possível a exérese dessas áreas irritativas nos casos em que elas se localizavam em zonas não eloquentes. O segundo é composto de 14 pacientes nos quais a ressonância magnética não mostrou imagem compatível com processo expansivo cerebral; o exame histopatológico mostrou esclerose mesial temporal em nove casos e cérebro normal em cinco; todos os casos deste grupo foram submetidos a lobectomia temporal. Observamos que os casos com lesões expansivas cerebrais apresentaram melhor evolução em relação ao controle das crises epilépticas do que os casos sem estas lesões, pois 15 (83,4%) dos 18 casos do primeiro grupo evoluíram sem crises e 10 (71,4%) dos 14 casos do segundo grupo também evoluíram sem crises após a cirurgia.

epilepsia; lobo temporal; cirurgia; eletrocorticografia


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