OBJETIVO: Apresentar os diagnósticos mais freqüentes em pacientes encaminhados a neurologistas e discutir a importância destes achados para a definição de um currículo em neurologia. EMBASAMENTO:O desenvolvimento de subespecialidades em neurologia tem interferido na definição do que deveria ser ensinado no treinamento de um médico ou de um neurologista. O conhecimento de quais são as doenças neurológicas mais comuns pode contribuir para a construção deste currículo. MÉTODO: Os diagnósticos iniciais de 1815 pacientes encaminhados a um ambulatório de neurologia, num hospital público universitário em São Paulo, Brasil, são analisados. RESULTADOS:Os diagnósticos mais comuns, em ordem decrescente de frequência, foram: cefaléia, epilepsia, transtornos mentais, doença encéfalo-vascular, traumatismo craniencefálico, polineuropatia, síndrome vestibular, paraparesia crural espástica, síndrome extrapiramidal, síndrome demencial, hipertensão intracraniana e paralisia facial. CONCLUSÕES: A importância das subespecialidades no currículo deve ser relacionada à frequência da doença neurológica na comunidade.
neuroepidemiologia; neurologia; ensino; currículo