CONTEXTO E OBJETIVOS: Em um hospital universitário, entrevista direta de amostras estratificadas dos 3587 funcionários, visando determinar o nível de conhecimento e a conduta prática do corpo social diante do acidente vascular cerebral ou encefálico (AVE). Estabelecer prioridades para esforços educacionais. MÉTODO: Pré-teste para otimização do instrumento e cálculo amostrai. Entrevista de 309 funcionários sorteados. Inquérito consistindo em 32 questões sobre fisiopatologia, epidemiologia e mortalidade, clínica, fatores de risco, evolução e tratamento, comportamento pessoal diante da doença. Teste de Kruskal-Wallis para múltiplas comparações de dados não-paramétricos. RESULTADOS: O corpo social do hospital exibiu baixo nível de conhecimento teórico sobre o AVE e atitudes errôneas diante da doença. A performance dos enfermeiros foi superior à de auxiliares, técnicos e atendentes de enfermagem. O corpo de enfermagem, apesar de pontuar melhor na entrevista que a população leiga, mantém-se desinformado sobre as novas possibilidades terapêuticas e dissemina mitos sobre a doença. Entre os grupos profissionais leigos, o nível de educação formal não influenciou a performance na entrevista. CONCLUSÕES: A comunidade leiga e de saúde do HUCFF não reconhece adequadamente os sintomas típicos, a evolução provável dos pacientes e a necessidade de intervir rapidamente diante da doença cerebrovascular. O corpo de enfermagem não está preparado para a tarefa de difundir conceitos corretos sobre a doença. Somente programas específicos de educação continuada podem reverter este quadro, e devem ser considerados prioritários.
isquemia cerebral prevenção e controle; pessoal de saúde; educação; relações enfermeiro-paciente