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Idade de aparecimento e desaparecimento das pontas rolândicas em 160 crianças acompanhadas ambulatorialmente: estudo atuarial

Age of appearance and disappearance of rolandic spikes of 160 children: an actuarial study

PROPOSTA: Determinar a idade em que surgem e desaparecem as pontas rolândicas (PR) em traçados eletrencefalográficos de rotina. MÉTODO: Estudo prospectivo hospitalar, baseado em 412 eletrencefalogramas de 160 crianças que frequentaram o ambulatório de neuropediatria entre as idades de 1 e 16 anos, no período de março de 1989, a março de 1998. Usou-se o sistema 10/20 para colocação dos eletrodos. As crianças foram dividas, por idade, em quatro grupos (1 a 4; 5 a 8; 9 a 16; 1 a 16) e usou-se o método de curva atuarial, considerando-se como evento, o desaparecimento da PR. RESULTADOS: PR teve distribuição entre meninos e meninas na razão de 64/36. A idade média em que surgiu a PR foi 7 anos (7,2 para homens e 6,6 para mulheres) e, num pequeno grupo de crianças que tinha EEG normal anterior ao surgimento da PR, a idade média foi 6,8 anos. Após 7 anos de seguimento, a percentagem de pacientes livres de PRs era 60% para o grupo de 1 a 4 anos na admissão, 84% para os grupos de 5 a 8 anos e 9 a 16 anos. Para o grupo total (1 a 16 anos) a percentagem de livres de PR, após 7 anos de seguimento, foi 78%. CONCLUSÃO: O estudo mostra que as PR surgiram, em média, aos 7 anos e têm probabilidade de desaparecimento até 7 anos de seguimento, independetemente da faixa etária de aparecimento.

ponta rolândica; epilepsia focal benigna da infância com ponta rolândica; curva atuarial


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