Recentemente foram introduzidos novos medicamentos no tratamento da esclerose múltipla (EM) capazes de modificar a história natural da doença. Nos estudos clínicos que avaliam estas drogas utiliza-se com frequência a escala de incapacidade expandida (EDSS) como instrumento para avaliar as disfunções e incapacidades neurológicas durante estes ensaios. Há inúmeras limitações no uso desta escala, predominantemente pelo fato desta ser uma escala que privilegia em demasia a capacidade de marcha dos pacientes. Neste estudo, apresentamos nossos resultados na aplicação do teste de destreza manual da caixa e blocos em indivíduos normais e em portadores de EM. Observamos que 64,8% das mulheres e 80,7% dos homens apresentaram alterações estatisticamente significantes no escore deste teste quando comparados com indivíduos normais. Por sua facilidade de aplicação e sensibilidade em detectar alterações das habilidades motoras em membros superiores, os autores recomendam o emprego deste teste na avaliação do efeito destes medicamentos em pacientes com EM.
teste de destreza manual da caixa e blocos; esclerose múltipla; escores de incapacidade