O objetivo do estudo é descrever os fatores de risco para meningite bacteriana em recém-nascidos e analisar a prevalência destes fatores, considerando-se a presença ou não de baixo peso ao nascimento. Foram analisados 50 recém-nascidos com meningite bacteriana, excluindo-se aqueles com meningomielocele ou infecção congênita. Na análise estatística utilizou-se o teste exato de Fisher, considerando-se significantes os valores de p < 0,05. O estudo mostrou que a prematuridade, o baixo peso ao nascimento, e a presença de doenças infecciosas pré-existentes no recém-nascido ou na mãe estiveram fatores de risco importantes para meningite. Entre os recém-nascidos de baixo peso, os procedimentos invasivos, especialmente a intubação traqueal, o catéter venoso central e o uso prévio de antibióticos estiveram associados significativamente à ocorrência de meningite. Estes resultados indicam que a melhora na assistência pré-natal e no controle das infecções hospitalares constituem medidas de grande importância na diminuição da incidência de meningite bacteriana neonatal.
meningite; recém-nascido; fator de risco; infecção bacteriana