O objetivo deste estudo foi observar a capacidade de crianças de 7 a 11 anos de idade em descrever sua cefaléia na anamnese. Para tanto, foram feitas duas avaliações de 94 crianças em entrevistas individuais pela mesma pediatra, com intervalo de seis a oito semanas, sem a presença de adultos. As características da dor de cabeça destas crianças puderam ser avaliadas nestas entrevistas, não havendo dados significativamente conflitantes entre as duas sessões. Embora habitualmente descrita e valorizada pelo adulto que acompanha a consulta, a cefaléia da infância deveria ser informada pelo próprio paciente. Neste grupo de crianças de 7 a 11 anos as informações foram obtidas sem dificuldade quando se permitiu à criança que usasse suas próprias palavras, no tempo que fosse necessário.
cefaléia; enxaqueca; infância