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Determinação do potencial biótico da "broca do café": Hypothenemus Hampei (Ferr.) - E considerações sôbre o crescimento de sua população. III - Curva termometabólica da "broca do café" e sua aplicação no estudo do crescimento de sua população

Lançando mão de dados publicados por outro autor, (1) sôbre o comportamento da "Broca do Café", quando criada a várias temperaturas, em laboratório, o autor, aceitando em princípio que uma hipérbole equilátera traduz o termometabolismo da espécie, calcula a constante térmica da espécie (K = 339,26) e determina a sua temperatura mínima efetiva (T0 =15,12 °C). É deduzida a equação termometabólica para êsse inseto, dada por D = 339,26 / (T-15,12). Considerando que, num cafèzal, a temperatura do ar não é constante, variando de acôrdo com a estação do ano, o autor pondera que a curva de crescimento de uma população de "Broca do Café" será melhor representada em gráfico onde seja levada em conta a influência da temperatura no desenvolvimento do ciclo biológico do inseto. Dessa maneira, apreciando exemplos numéricos apresentados em trabalho anterior, e construindo novo gráfico, em vez de colocar os valores de "t" no eixo das abscissas, a intervalos regulares, coloca-os a intervalos previamente calculados pela aplicação da equação termometabólica do inseto, de acordo com a temperatura média do mês. Os exemplos são analisados em função das temperaturas normais de Campinas para um período de 58 anos (1890-1947). A análise dos gráficos apresentados mostra até onde a temperatura do ambiente pode influir no desenvolvimento de uma população de "Broca do Café", em condições de campo.


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