Para fins de seleção de seringueiras (Hevea brasiliensis Muell.-Arg.) de elevado rendimento, foi feito um estudo da produtividade individual, durante um ano, de 31 plantas com idade aproximada de 33 anos. As sangrias foram feitas a meia espiral, em dias alternados, de março de 1943 a março de 1944, com interrupção de junho a setembro. Foi de pronto constatada grande variabilidade na capacidade de produção das plantas em aprêço. Os resultados mostram que, para a população estudada, uma quinzena de sangria foi suficiente para revelar qual a planta de maior produtividade. Após um ano de sangria essa mesma planta se mantinha em primeiro lugar, pouco se alterando a ordem das primeiras colocadas, pela sua capacidade de produção, quer quando classificadas após umas pomas sangrias, quer quando após um ano de trabalhos. Devido a êrro na abertura dos painéis de sangria, na quase totalidade dos casos fazendo com que as plantas estivessem sendo deficientemente sangradas, o autor faz uma correção nos resultados, tendo por base a circunferência do tronco das plantas a lm do solo e sua respectiva capacidade de produção, dada em cc de látex por cm linear de incisão da casca. Os resultados mostram a possibilidade de se selecionar excelente material, quanto à produção, a partir de estudos semelhantes. Conclui-se, também, da possibilidade da formação de seringais de elevada produção, a partir de sementes não selecionadas, desde que as seringueiras sejam inicialmente plantadas a densidade bastante elevada, que permita posteriores desbastes das plantas de baixa produção, identificadas após testes de produtividade feitos nas plantas ainda jovens.