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Comportamento de dois cultivares de soja em função do manganês do solo

Differential manganese tolerance of two soybean cultivars

Foi estudado, em casa de vegetação, o comportamento dos cultivares de soja Biloxi e Forrest, em amostras subsuperficiais de Latossolo Roxo distrófico dos municípios paulistas de Campinas, Guaíra, Guatapará e Cândido Mota, contendo respectivamente 2,9, 6,4, 11,3 e 12,9 ppm de Mn solúvel em ácido dietilenotriaminopentacético (DTPA). A expressão da toxicidade de Mn foi avaliada 27 dias após o plantio, através de notas atribuídas aos sintomas visuais; produção de matéria seca das raízes e parte aérea; e da análise química da parte aérea. O cultivar Biloxi não apresentou sintomas de toxicidade até ao nível de 6,4 ppm de Mn no solo (Guaíra), enquanto o 'Forrest' já os apresentava nesse nível. A medida que se tornavam mais elevados os teores de Mn no solo, mais agudos se apresentavam os sintomas de toxicidade e menor a produção de matéria seca, sendo que o 'Forrest' mostrou muito maior sensibilidade, o que foi confirmado pelo aumento do teor de Mn na parte aérea. Sendo eficiente na absorção do Mn do solo e na manifestação dos sintomas de toxicidade a níveis baixos deste elemento, o 'Forrest' é o cultivar adequado para utilizar como indicador de níveis tóxicos de Mn. A concordância entre as notas atribuídas aos sintomas visuais, à produção de matéria seca e ao índice (teor de Mn/peso seco), demonstra que as notas podem ser critério apropriado para realizar o "screening" de material genético num programa de melhoramento, para tolerância a Mn tóxico.


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