Foram estudados os resíduos agrícolas da cultura da mamona (cultivar IAC-80), visando a sua conversão em celulose para papel, mediante os processos alcalinos soda e sulfato. A quantidade estimada desse material nas áreas dos experimentos foi 17, 20 e 26t/ha, respectivamente, para as regiões de Campinas, Tatuí e Tietê. A densidade básica dos caules e ramos da mamona em comparação com as madeiras é baixa (0,228g/cm³). O estudo micrométrico mostrou que as fibras do líber são extremamente longas (5,51mm), contrastando com as fibras curtas do lenho (0,87mm). Os valores obtidos para as diversas características tecnológicas estudadas evidenciam a possibilidade técnica de utilizar esse resíduo agrícola para produção de celulose e papel, ressaltando que seu principal inconveniente é o elevado teor de medula (21,17%). A fração medular, por não ser fibrosa, influi negativamente no rendimento em celulose e no consumo de reagentes químicos.