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Acúmulo de substâncias de reserva em grãos de soja. I: matéria seca, óleo e ácidos graxos

Accumulation of reserve substances in soybean seeds. I: dry matter, oil and fatty acids

No estudo da dinâmica de acúmulo de matéria seca e lipídios em grãos de soja, foram utilizadas vagens de dez cultivares, nos anos agrícolas de 1978/79 e 1979/ 80. Os grãos foram avaliados semanalmente durante todo o seu período de desenvolvimento, quanto aos teores de matéria seca, óleo e ácidos graxos. Os resultados mostraram que a influência de anos agrícolas sobre o acúmulo de matéria seca e óleo foi devida principalmente às condições do meio verificadas de 20 a 40 dias antes da maturação dos grãos, em 1978/79: 152mm de chuva e 22ºC, e em 1979/80: 50,8mm de chuva e 25ºC de temperatura média. A velocidade de acúmulo de matéria seca nos grãos foi maior em 1979/80, porém o total de matéria seca acumulado, menor: os grãos continham 78% do total de matéria seca acumulada no ano agrícola de 1978/ 79. Para óleo, verificou-se a influência positiva de temperatura e negativa de precipitação pluvial na velocidade de acúmulo dessa substância durante o período de enchimento dos grãos. Para o cv Santa Rosa, utilizado como referência, em 1978/79, os grãos atingiram o maior valor aos 80 dias após o florescimento (DAF) com 22% de óleo, e 1979/80 atingiu o valor máximo de 23% aos 43 DAF. A composição do óleo em ácidos graxos variou durante o desenvolvimento dos grãos, tendo os saturados, ao contrário dos insaturados, decrescido. O teor de ácido linoléico apresentou correlação positiva com o teor de óleo, enquanto os de ácidos linoléico e linolênico se correlacionaram negativamente com o teor de ácido oléico. O maior teor de óleo e os menores de ácido linoléico e linolênico estiveram correlacionados com temperatura mais elevada e menor precipitação pluvial.

grãos de soja; Glycine max (L) Merrill; acúmulo de substâncias de reserva; óleo; ácidos graxos; matéria seca


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