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Biopolítica e Desenvolvimento? Foucault e Agamben sobre Estado, Governo e Violência* * O autor agradece pelas sugestões e contribuições dos pareceristas que avaliaram o artigo. A pesquisa que deu origem ao texto recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Biopolitics and Development? Foucault and Agamben on the State, Government and Violence

Biopolítica y Desarrollo? Foucault y Agamben sobre Estado, Gobierno y Violencia

Biopolitique et Développement ? L'État, le Gouvernement et la Violence chez Foucault et Agamben

Este artigo analisa as relações entre biopolítica e desenvolvimento sob o ângulo das noções de Estado, governo e violência. O objetivo consiste em examinar elementos analíticos que gravitam em torno de perspectivas críticas do desenvolvimento buscando um eixo interpretativo sobre a ambivalência das ações do Estado a partir de duas possibilidades teóricas que convergem no pensamento de Giorgio Agamben: a análise do biopoder e do governo em Foucault e as articulações entre violência e lei que remetem a Walter Benjamin. A reflexão sobre os argumentos teóricos é realizada examinando-se dados oriundos de pesquisa de abordagem qualitativa sobre políticas para a agricultura ecológica no sul do Brasil. As conclusões mostram que o desenvolvimento e seus benefícios podem ser problematizados pelo olhar do biopoder e da violência, que reconfiguram o que seja desenvolvimento, menos como expansão do bem-estar e mais como impulso modernizante de mudança que se ampara em administrar a vida.

desenvolvimento; violência; biopolítica; biopoder; Estado


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