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Organizar a Desordem: Raízes do Brasil em 1936* * Na preparação deste artigo, o autor beneficiou-se das indicações e das críticas de Luiz Costa Lima, Wanderley Guilherme dos Santos, Maria Regina Soares de Lima, Ricardo Benzaquen de Araújo, Robert Wegner, Christian Lynch, João Cezar de Castro Rocha, Pedro Meira Monteiro e Victor Coutinho Lage. Erros e omissões são de inteira responsabilidade do autor.

Organizing Disorder: Raízes do Brasil in 1936

Organiser le Désordre: Raízes do Brasil en 1936

Organizar el Desorden: Raízes do Brasil en 1936

Este artigo procura reconstruir o dilema político enfrentado por Sergio Buarque de Holanda na primeira edição de Raízes do Brasil. Sustenta-se que, na montagem do argumento de seu livro de estreia, o autor entabulou diálogos intelectuais com dois importantes pensadores brasileiros, Oliveira Vianna e Gilberto Freyre. O engajamento com a obra desses autores ajudou Sergio Buarque a enunciar os aspectos negativos e positivos do tipo de sociabilidade legado pela colônia – a “cordialidade” –, a diagnosticar a incompatibilidade entre doutrinas políticas e realidade nacional e a procurar uma forma de superar essa disjunção. A ideia da “organização da desordem” reflete a dificuldade de fundar-se um Estado respeitável em uma sociedade eivada de elementos anárquicos sem reprimir o substrato cultural tradicional de sua população.

Raízes do Brasil; Sergio Buarque de Holanda; Oliveira Vianna; Gilberto Freyre; cordialidade


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