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O Seguro Social e a Construção da Proteção do Trabalho no Brasil* * Este trabalho é desdobramento de uma tese de doutorado defendida no IESP-UERJ, em 2012, intitulada: A Construção Histórica do Estado Social no Brasil e no Chile: do mutualismo ao seguro, sob orientação de Renato Boschi. Agradeço os valiosos comentários de Cesar Guimarães, Eli Diniz, Maria Regina Soares de Lima e Gilberto Hochman.

Social Security and the Construction of Labor Protection in Brazil

El Seguro Social y la Construcción de la Protección del Trabajo en Brasil

RESUMO

A função protetora do seguro social mostrou-se fundamental em estabilizar as expectativas dos assalariados quanto à manutenção das condições de sua independência social, constituindo-se numa propriedade para a segurança das coletividades fortemente imbricada à ideia de pertencimento coletivo. Por portar tais características, o seguro social desempenhou um importante papel em sociedades estruturalmente desiguais e caracterizadas por certa rarefação de organizações coletivas vinculadas ao trabalho. Este estudo demonstra como a regulação do mercado de trabalho brasileiro, desde sua origem, dependeu dos benefícios do seguro social para fixar as expectativas do trabalhador em torno da sua inscrição no assalariamento formal. A hipótese a ser aventada, neste estudo, é que as elites estatais brasileiras, responsáveis por implementar a política social e trabalhista nas décadas de 1930 e de 1940, se utilizaram deliberadamente desses benefícios como estratégia de indução institucional para adensar a base de organização dos sindicatos e ampliar o alcance da legislação social.

seguro social; trabalho; Brasil; sindicatos; legislação social

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