RESUMO
Lendo a correspondência de José Martiniano de Alencar (1829-1877), deparamo-nos com um conjunto de quase trezentas missivas de naturezas e finalidades distintas: cartas reais e fictícias. Tais textos epistolares passaram pelas mãos de muitos receptores - destinatários primordiais ou leitores secundários -, para quem o epistológrafo reservava diferentes formas de pronunciar-se, adequando o discurso aos objetivos almejados em cada carta. Com este artigo, pretendemos trazer uma reflexão a respeito da persona epistolar alencariana e pensar de que forma José de Alencar utilizou a habilidade de escritor de cartas também na construção de suas tramas romanescas.
PALAVRAS-CHAVE
Epistolografia; romantismo; José de Alencar