RESUMO
O artigo elege como fonte privilegiada de investigação o arquivo pessoal da escritora carioca Júlia Lopes de Almeida (1862-1934), aqui apreendido como um projeto, a um só tempo, (auto)biográfico e estético, e busca oferecer uma visão panorâmica do repertório dramatúrgico inédito nele abrigado, composto de documentos autógrafos e datiloscritos. Como tencionamos evidenciar, tais manuscritos contribuem não apenas para o redimensionamento do legado literário da escritora, mas para os estudos dedicados ao cultivo de uma memória das artes dramáticas que vicejaram ao longo da “belle époque tropical”, da qual as teatrólogas foram, quando não eclipsadas, expressamente sub-representadas.
PALAVRAS-CHAVE:
Júlia Lopes de Almeida; historiografia literária brasileira; arquivo pessoal; textos teatrais inéditos