RESUMO
A partir da geografia imaginária de Cidadilha, a cidade-ilha colonial de Vitória (ES), do escritor e historiador capixaba Luiz Guilherme Santos Neves, a meta é construir uma cartografia sentimental. Para tanto, criou-se a figura de um viajante-cartógrafo, que desembarcará na ilha para vivenciá-la antropofagicamente e reapresentar a ficção do ponto de vista do visitante. Ele abrirá pistas para interlocuções entre o corpus teórico (Rolnik, Certeau, Tuan etc.) e as experiências cartográficas realizadas na concretude do objeto empírico (a cidade de Vitória). O artigo estrutura-se como roteiro de viagem, pressupondo também que Cidadilha seja uma viagem no espaço-tempo verossímil ao traçado original do (e até hoje verificável no) núcleo fundacional de Vitória.
PALAVRAS-CHAVE:
Urbanização e literatura; Cidadilha e Vitória; cartografia sentimental e antropofagia; topografia e toponímia