RESUMO
A meta é verificar de que forma os rastros de cinema são tecidos nos fios literários de “Pela noite”, de Caio Fernando Abreu, e por que seus personagens olham o mundo como se fosse cinema. Seriam reflexos da própria conversão do mundo contemporâneo em rastros de cinema e/ou de simulacros, que incluem também outros elos da indústria cultural? Seriam reflexos de uma experiência urbana percebida como telas em movimento, fruto de vivências mediadas por vidros, janelas e para-brisas como se fossem lentes de câmeras? A novela é o ponto de partida para se repensar o quanto a indústria cultural tem alterado o comportamento humano, estabelecendo novas relações entre sujeito, mundo material e aparelhos destinados à reprodutibilidade técnica das imagens.
PALAVRAS-CHAVE:
Cultura urbana/urbanização e literatura; simulacro e indústria cultural; Caio Fernando Abreu e rastros de cinema