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Influência do tipo de parto sobre a concentração de imunoglobulinas A, G e M no colostro materno

OBJETIVO: Verificar a influência do tipo de parto sobre a concentração das imunoglobulinas (Ig) A, G e M no colostro materno. MÉTODOS: Foram selecionadas 82 puérperas com idade cronológica entre 21 e 41 anos, idade gestacional de 37 ou mais semanas, paridade até IV gesta, bom estado nutricional e sem patologias associadas durante a gestação e o puerpério. Foram também critérios de inclusão para os recém-nascidos: peso > 2.500 g, escore de Apgar > 7 no primeiro minuto e aleitamento materno exclusivo durante o período da internação. As puérperas foram divididas em três grupos: A - parto vaginal; B - cesárea precedida de trabalho de parto; e C - cesárea eletiva. O colostro foi colhido manualmente entre 48 e 72 horas pós-parto. IgA, IgG e IgM foram dosadas pela técnica de ELISA RESULTADOS: Não se observou diferença significativa entre os tempos de coleta do colostro nos três grupos maternos estudados. Quanto menor o tempo de coleta, maior foi a concentração de IgA no colostro materno; quanto menor a paridade, maior foi a concentração de IgA e IgM no colostro materno. O grupo de puérperas submetidas a cesárea precedida de trabalho de parto apresentou concentração mais elevada de IgA no colostro do que o grupo de puérperas que havia dado à luz por parto normal. A concentração de IgM e IgG no colostro materno não foi influenciada pelo tipo de parto. CONCLUSÃO: A ocorrência do trabalho de parto, somada ao estresse cirúrgico, induz a uma concentração mais elevada de IgA no colostro materno na puérpera submetida a cesárea precedida de trabalho de parto.

Parto; imunoglobulina A; imunoglobulina G; imunoglobulina M; colostro


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