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Leptina como marcadora do dimorfismo sexual em recém-nascidos

OBJETIVO: Avaliar os níveis de leptina do cordão umbilical em recém-nascidos adequados para a idade gestacional conforme sexo, peso, comprimento e índice ponderal de nascimento. MÉTODO: Estudo tipo transversal, envolvendo 132 recém-nascidos adequados para idade gestacional (68 do sexo feminino, 64 do sexo masculino), com idade gestacional de 35-42 semanas. Os dados foram obtidos mediante entrevista com as mães na maternidade, pelo estudo antropométrico dos recém-nascidos e pela dosagem de leptina, estradiol e testosterona no cordão umbilical por meio da coleta imediata após o parto. RESULTADOS: Os recém-nascidos do sexo feminino apresentaram níveis de leptina significativamente maiores que os do sexo masculino (8,34±0,65 ng/ml versus 6,06±0,71 ng/ml; p = 0,000). Os níveis de estradiol e testosterona não variaram conforme o sexo. A leptina se correlacionou positivamente com idade gestacional (r = 0,394, p < 0,01), peso (r = 0,466, p < 0,01), comprimento (r = 0,335, p < 0,01) e índice ponderal (r = 0,326, p < 0,01) dos recém-nascidos. CONCLUSÕES: A leptina do cordão umbilical se correlaciona positivamente com idade gestacional, peso, comprimento e índice ponderal do recém-nascido, sugerindo sua participação no processo de crescimento neonatal. Além disso, os recém-nascidos do sexo feminino têm níveis séricos de leptina maiores que os do sexo masculino, sugerindo que o dimorfismo sexual relacionado à composição corporal já possa existir em recém-nascidos.

Leptina; recém-nascido; peso de nascimento; crescimento


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