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Comparação entre métodos clínicos e laboratoriais no diagnóstico das faringotonsilites estreptocócicas

OBJETIVOS: O diagnóstico e tratamento correto das faringotonsilites causadas pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A é importante, particularmente na prevenção das seqüelas não-supurativas. Achados clínicos continuam sendo utilizados para diferenciar infecção estreptocócica de faringotonsilite viral. A Academia Americana de Pediatria recomenda que o diagnóstico da faringotonsilite estreptocócica seja sempre confirmado por métodos de identificação microbiológica. O objetivo deste estudo foi avaliar a acurácia do diagnóstico clínico comparado com resultados de cultura e teste rápido no diagnóstico das faringotonsilites estreptocócicas. MÉTODOS: Crianças entre 2 e 13 anos com diagnóstico clínico de faringotonsilite avaliadas na unidade de emergência pediátrica da Santa Casa de São Paulo eram selecionadas, e aquelas com sintomas de infecção viral eram excluídas. Foram registrados achados clínicos e colhidos suabes para a realização de cultura e teste rápido para estreptococo do grupo A. RESULTADOS: Das 376 crianças avaliadas, a cultura foi positiva em 96 (24,4%). A presença de petéquias, exsudato e gânglios dolorosos foi mais comum nas crianças com culturas positivas, mas com baixa acurácia diagnóstica. A avaliação subjetiva do médico que assistia o paciente não identificou 21% dos casos positivos e recomendou antibióticos para 47% das crianças com cultura negativa, contra 3 e 6% identificados pelo teste rápido, respectivamente. CONCLUSÕES: Um método de diagnóstico microbiológico é necessário para a adequada prescrição de antibióticos em crianças com faringotonsilites estreptocócicas.

Estreptococo do grupo A; tonsilites; faringites; Streptococcus pyogenes


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