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Densidade mineral óssea, ingestão de leite e atividade física de meninos que sofreram fraturas no antebraço

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi comparar meninos com e sem fraturas de antebraço em relação à densidade mineral óssea, consumo diário de produtos derivados de leite e atividade física. MÉTODOS: Participaram do estudo 23 meninos (7 a 13 anos) em cada grupo (caso = 23, controle = 23). Eles foram submetidos à densitometria óssea (dual energy x-ray absorptiometry - DEXA) do antebraço oposto ao lado fraturado. Os participantes preencheram um questionário sobre o consumo diário de produtos contendo leite e suas atividades físicas. RESULTADOS: A média±DP da densidade mineral óssea da diáfise distal do rádio e da ulna no grupo caso (0,430±0,038 g·cm-2) foi significativamente menor (p = 0,018) do que o grupo controle (0,458±0,039 g·cm-2). Da mesma forma, a média da metáfise distal foi 0,309±0,033 g·cm-2 no grupo caso e 0,349±0,054 g·cm-2 no grupo controle (p = 0,004). O consumo de leite no grupo caso (1,5±1,2 copos por dia) foi significativamente menor (p = 0,001) do que no grupo controle (2,7±1,2 copos por dia). O número de meninos que praticavam atividade física após a escola foi significativamente menor (p = 0,017) no grupo caso (seis meninos = 26%) do que no grupo controle (15 meninos = 53%). CONCLUSÃO: Meninos com fraturas no antebraço apresentaram menor densidade mineral óssea na região quando comparados com meninos que nunca sofreram fraturas. No grupo que sofreu fratura, o consumo de leite foi menor, e os meninos praticavam menos atividades físicas extra-escolares do que os meninos que nunca tiveram fraturas.

Saúde óssea; ingestão de cálcio; infância


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