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Alergia a beta-lactâmicos na clínica pediátrica: uma abordagem prática

OBJETIVO: Apresentar uma abordagem prática ao diagnóstico e conduta na alergia a antibióticos beta-lactâmicos. FONTES DOS DADOS: Periódicos da área de alergia indexados nas bases MEDLINE e LILACS, além de estudos e textos clássicos que tratam do tema. SÍNTESE DOS DADOS: A alergia à penicilina é relatada com freqüência, em muitos casos resultando na exclusão desse medicamento do arsenal terapêutico. Cerca de 10% dos relatos de alergia a drogas são confirmados. As manifestações clínicas decorrentes da reação alérgica à penicilina são bastante amplas, destacando-se os quadros cutâneos. Os quatro mecanismos de hipersensibilidade de Gell & Coombs estão envolvidos nas reações alérgicas. A penicilina é degradada em determinante maior (95% dos produtos) e em determinantes menores (5% dos produtos). As reações imediatas, mediadas por IgE, e que determinam quadros de anafilaxia, estão relacionadas aos determinantes menores em 95% dos casos. A hipersensibilidade a esses produtos pode ser avaliada através de testes cutâneos realizados com os determinantes maior e menores, permitindo, assim, evitar o choque anafilático em indivíduos alérgicos. O texto ressalta conhecimentos básicos sobre a alergia à penicilina, propiciando um diagnóstico mais adequado desse evento e a conduta em casos de suspeita de alergia a beta-lactâmicos. CONCLUSÃO: O diagnóstico de alergia à penicilina tem sido feito de forma inadequada, resultando em sua exclusão do arsenal terapêutico. O melhor reconhecimento dessas condições permitirá o uso da penicilina com diminuição dos riscos decorrentes da hipersensibilidade.

Beta-lactâmico; penicilina; cefalosporina; alergia; reação de hipersensibilidade


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