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Percepção da dispneia na crise asmática pediátrica pelos pacientes e responsáveis

OBJETIVO: Avaliar a correlação entre a percepção da dispneia durante uma crise de asma leve a moderada, por meio da escala modificada de Borg, com a medida do pico de fluxo expiratório (PFE). MÉTODOS: Estudo transversal de crianças e adolescentes que procuraram a emergência pediátrica devido a crise asmática, com dados coletados de julho de 2005 a junho de 2006. Foram registrados dados demográficos. Pacientes e seus responsáveis foram solicitados a graduar, individualmente, a dispneia do paciente por meio da escala modificada de Borg e, posteriormente, foi avaliada a medida do PFE. RESULTADOS: Foram avaliados 181 pacientes asmáticos, com idade média de 7,2 (±2,4) anos (4-12). A mãe procurou atendimento médico em 83,4% (151/181). Os sintomas incluíram tosse, em 68,5% (124/181), dispneia, em 47,0% (85/181), e sibilância, em 12,7% (23/181). Trinta e seis por cento (65/181) apresentavam crise leve, e 64,1% (116/181), moderada. Correlação negativa significativa foi evidenciada entre a percepção dos responsáveis e dos pacientes com dispneia e a medida do PFE dos pacientes (percentual previsto; r s = -0,240 e r s = -0,385, respectivamente). CONCLUSÃO: Pacientes e responsáveis demonstraram percepção limitada da gravidade da dispneia do paciente, evidenciando a necessidade de monitorar medidas objetivas, como a medida do PFE e o desenvolvimento de melhores meios de avaliação da dispneia.

Percepção; asma; dispneia


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