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Preditores do crescimento linear no primeiro ano de vida em uma coorte prospectiva de crianças a termo com peso adequado

OBJETIVO: Investigar covariáveis que possam interferir na variação da média do índice comprimento/idade em escore Z no primeiro ano de vida de crianças nascidas a termo com peso adequado. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, envolvendo pares de mães e crianças recrutadas nas maternidades públicas de dois municípios do estado da Bahia, entre março de 2005 e outubro de 2006. Neste estudo, apresentam-se os resultados para o crescimento linear de 489 crianças acompanhadas durante os primeiros 12 meses de vida. O modelo de efeitos mistos foi utilizado para explorar a influência de covariáveis na média do índice comprimento/idade em escore Z no primeiro ano de vida. RESULTADOS: Na análise múltipla de efeito misto, observou-se que ausência de coabitação materna com companheiro (β = 0,2347; p = 0,004) e maior tempo de aleitamento materno exclusivo (β = 0,0031; p < 0,001) contribuíram positivamente, enquanto a altura materna menor do que 150 cm (β = -0,4393; p < 0,001), peso ao nascer entre 2.500-2.999 g (β = -0,8084; p < 0,001) e a anemia na criança (β = -0,0875; p < 0,001) contribuíram de forma negativa na variação das estimativas do índice comprimento/idade em escore Z. CONCLUSÕES: Assim, os resultados deste estudo indicam que a baixa estatura materna, o peso de nascimento < 3.000 g e a anemia influenciaram negativamente o crescimento linear no primeiro ano de vida, enquanto a maior duração do aleitamento materno exclusivo e a ausência de coabitação materna com companheiro exerceram influência positiva.

Crescimento infantil; preditores; modelos de efeitos mistos; estudo de coorte


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