OBJETIVO:
Crianças com defeito do septo ventricular (DSV) podem apresentar sobrecarga devolume crônica, que pode resultar em mudanças nos parâmetros ecocardiográficos do curacao esquerdo. Para avaliar as mudanças antes e depois do fechamento cirúrgico, as crianças foram divididas em 3 grupos segundo o grau de regurgitação mitral (RM) e suas características eco-cardiográficas foram analisadas com acompanhamento em série após o fechamento cirúrgico.
MÉTODO:
Revisamos retrospectivamente os dados ecocardiográficos de 40 crianças submetidas afechamento cirúrgico de DSV antes da cirurgia e nos meses 1, 3 e 12 após a cirurgia. Observamos o volume diastólico final do ventrículo esquerdo (VDFVE), dimensão diastólica final do ventrículo esquerdo (DDFVE) e dimensão sistólica final do ventrículo esquerdo (DSFVE), características da válvula mitral, incluindo grau de RM e o anel da válvula mitral, e características do átrio esquerdo (AE), incluindo volume e dimensões.
RESULTADOS:
Os resultados para VDFVE, DDFVE, DSFVE, anel da válvula mitral, volume do AE e dimensões do AE foram significativamente maiores em crianças com RM. Além disso, não houveredução significativa no VDFVE, DDFVE, volume do AE e nas dimensões do AE nos meses 1, 3e 12 após a cirurgia. O grau de RM também apresentou melhoria para um grau menor após o fechamento cirúrgico do DSV sem reparo adicional da válvula mitral.
CONCLUSÃO:
Os parâmetros ecocardiográficos de dilatação do coração esquerdo e a RM em crianças com DSV haviam apresentado melhora no primeiro ano após o fechamento cirúrgicos em reparo adicional da válvula mitral. Além disso, em todos os pacientes com DSV, independentemente de RM, a dilatação do AE reduziu em três meses após o fechamento cirúrgico do DSV; contudo, a dilatação do VE e do anel da válvula mitral reduziu em 12 meses.
Defeito do septoventricular; Regurgitação mitral; Dilatação do curacao esquerdo; Ecocardiografia; Crianças