OBJETIVOS:
avaliar a forma de utilização e os fatores de risco para intoxicações e/ou lesões do trato digestório associados ao uso dos produtos saneantes no domicílio.
MÉTODOS:
foram realizadas entrevistas em 419 domicílios de diferentes regiões, estabelecendo-se dados epidemiológicos dos moradores e hábitos de risco relacionados à utilização e armazenamento dos produtos de limpeza.
RESULTADOS:
dos domicílios onde foi realizada a pesquisa, havia produtos saneantes considerados de risco em 98%, sendo que em 54% dos casos, eles estavam armazenados em locais de fácil acesso para crianças. A soda cáustica estava disponível em 19% e os produtos "clandestinos" em 39% das moradias. Em 13% dos domicílios havia o hábito de fazer sabão e em 12% de armazenar os produtos fora da embalagem original. O uso de produtos clandestinos e a fabricação artesanal de sabão estavam associados à baixa escolaridade das donas das casas e às regiões e às classes econômicas de poder aquisitivo mais baixo.
CONCLUSÕES:
práticas de risco como armazenamento, fabricação e utilização inadequados de produtos saneantes pela população estudada apontam para a necessidade de políticas de saúde pública, incluindo medidas educacionais, como forma de prevenção de acidentes.
Cáusticos; Corrosivos; Prevenção de acidentes; Grupos de risco; Produtos saneantes