Resumo
Objetivo:
Avaliar as diferenças na sobrevida hospitalar entre os modos de transporte para um centro terciário na Colômbia para neonatos gravemente doentes.
Métodos:
Estudo observacional de neonatos gravemente doentes transportados por ar ou terra que precisam de cuidados médicos em um centro que oferece serviços altamente complexos. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, sobre o Índice de Risco da Estabilidade Fisiológica no Transporte (TRIPS) e o meio de transporte. Os pacientes foram descritos e submetidos a uma análise bivariada e a variável dependente foi a condição (vivo ou morto) no momento da alta. Uma regressão múltipla de Poisson com modelo de variância robusta foi usada para ajustar as associações.
Resultados:
Foram transportados 176 neonatos por ambulância (10,22% pelo ar) ao longo de seis meses. As distâncias foram maiores pelo ar (mediana: 237,5 km) do que por terra (mediana: 11,3 km). A mortalidade foi mais alta entre neonatos transportados pelo ar (33,33%) do que por terra (7,79%). Não foram encontradas diferenças na sobrevida entre os dois grupos após o ajuste com o modelo múltiplo. Foi observada uma interação entre o meio de transporte e a distância. A alta hospitalar com vida foi associada à gravidade clínica na internação, ao peso ao nascer, à hemorragia durante o terceiro trimestre e aos níveis de potássio sérico na internação.
Conclusões:
O meio de transporte não foi associado ao resultado. Na Colômbia, o acesso a serviços médicos por transporte aéreo é uma boa opção para neonatos em condições críticas. Estudos adicionais determinariam a distância ideal (tempo de transporte) para obter bons resultados clínicos de acordo com o tipo de ambulância.
Palavras-chave
Ambulância; Terrestre; Aérea; Transporte; TRIPS