Resumo
Objetivo:
Avaliar a possível relação entre hiperuricemia com aptidão cardiorrespiratória e o estado nutricional, agrupados, em escolares.
Método:
Estudo transversal com 2.335 escolares da educação básica de 7 a 17 anos, de ambos os sexos, estratificados por conglomerados de um munícipio do sul do Brasil. Foi calculado o índice de massa corporal (IMC) e a aptidão cardiorrespiratória (APCR) foi avaliada pelo teste de corrida/caminhada de 6 minutos. O IMC e a APCR foram agrupados em uma única variável, considerando: 1) baixo peso-normal/apto; 2) baixo peso-normal/inapto; 3) sobrepeso-obesidade/apto; 4) sobrepeso-obesidade/inapto. A regressão de Poisson (razão de prevalência; RP) foi usada para associação entre hiperuricemia e a relação APCR/IMC com intervalos de confiança de 95% e diferenças significativas consideradas para p < 0,05.
Resultados:
Observa-se associação, embora sutil, entre a presença de hiperuricemia com baixos níveis de APCR e a presença de excesso de peso, de forma agrupada. Meninos e meninas, com essa condição, têm maior prevalência de hiperuricemia (RP: 1,07; p = 0,007; RP: 1,10; p < 0,001, respectivamente), em comparação com seus pares com bons níveis de APCR e estado nutricional adequado.
Conclusão:
De forma conjunta, o excesso de peso e os baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória estão associados com a presença de hiperuricemia em escolares.
PALAVRAS-CHAVE
Hiperuricemia; Aptidão física; Excesso de peso; Criança; Adolescente