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Triagem neonatal: 9% das crianças com TSH em papel filtro entre 5 e 10 µUI/mL têm hipotireoidismo congênito Como citar este artigo: Christensen-Adad FC, Mendes-dos-Santos CT, Goto MM, Sewaybricker LE, D'Souza-Li LF, Guerra-Junior G, et al. Neonatal screening: 9% of children with filter paper thyroid-stimulating hormone levels between 5 and 10 µIU/mL have congenital hypothyroidism. J Pediatr (Rio J). 2017;93:649-54.

Resumo

Objetivos:

Determinar a prevalência de hipotireoidismo congênito em crianças com TSH em papel filtro (TSH-f) entre 5 e 10 µUI/mL na triagem neonatal.

Métodos:

Estudo retrospectivo que incluiu crianças triadas de 2003 a 2010, com TSH-f entre 5 e 10 µUI/mL, acompanhadas nos dois primeiros anos de vida quando não houve normalização do TSH sérico. O diagnóstico de hipotireoidismo congênito foi definido como TSH sérico igual ou superior a 10 µUI/mL e início de tratamento com levotiroxina até os dois anos.

Resultados:

Dos 380.741 nascidos vivos triados, 3.713 (1,04%) apresentaram TSH-f entre 5 e 10 µUI/mL e, desses, 339 (9,13%) tinham hipotireoidismo congênito. Desses, 76,11% dos casos foram diagnosticados nos primeiros três meses de vida e 7,96% entre um e dois anos.

Conclusão:

O estudo mostra que 9,13% das crianças com TSH-f entre 5 e 10 µUI/mL desenvolveram hipotireoidismo e que em cerca de um quarto delas o diagnóstico só se confirmou após o terceiro mês de vida. Com base nesses achados, sugere-se, para descartar o hipotireoidismo congênito, o uso do ponto de corte de TSH-f de 5 µUI/mL e o acompanhamento em longo prazo dos lactentes cujo TSH sérico não tenha se normalizado.

PALAVRAS-CHAVE
Hipotireoidismo congênito; Triagem neonatal; Lactente; Recém-nascido; Doenças da glândula tireoide

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