Resumo
Objetivo:
Avaliar a eficácia do programa de prevenção e promoção de cuidados dentários precoce da boca do bebê, a fim de prevenir doenças bucais (cáries, gengivite ou má oclusões) em crianças atendidas desde 2010.
Métodos:
Estudo transversal e de coorte com avaliação de 252 crianças entre 36 e 60 meses de idade de ambos os sexos. As crianças foram divididas em dois grupos: G1: participantes efetivos do programa a partir do nascimento; G2: crianças que pararam de participar por mais de 24 meses do programa; e G3: crianças que nunca participaram de um programa de prevenção. A avaliação foi feita em dois estágios: entrevista com as mães e, depois, um exame clínico nas crianças para analisar cáries, gengivite e oclusão. Foi utilizado o teste qui-quadrado para análise estatística entre os grupos (p < 0,05).
Resultados:
As doenças analisadas foram: cáries (G1: 5,9%, G2: 54,7%, G3: 70%), gengivite (G1: 8,3%, G2: 17,9%, G3: 40,5%) e má oclusão (G1: 22,6%; G2: 28,6%; G3: 50%). Para gengivite, não houve diferença significativa ao comparar G1 e G2 (p = 0,107), porém a diferença foi extremamente significativa entre G1 e G3 (p < 0,001). Nas oclusões, houve uma relação estatisticamente significativa (p = 0,004) entre todos os grupos.
Conclusão:
O programa de prevenção e promoção de saúde bucal pública foi efetivo na prevenção de cáries, gengivite e má oclusão em crianças com menos de cinco anos de idade.
PALAVRAS-CHAVE
Odontopediatria; Prevenção Primária; Saúde bucal; Cáries dentárias; Saúde Pública