Resumo
Objetivo:
Caracterizar o frênulo lingual de recém-nascidos a termo, utilizando dois protocolos diferentes e verificar a relação do frênulo lingual com o aleitamento materno.
Método:
A amostra não probabilística foi constituída por 449 binômios mãe/bebê. Para a avaliação anatomofuncional do frênulo, utilizou-se o protocolo de avaliação do frênulo lingual para bebês “Teste da Linguinha” e o Bristol Tongue Assessment Tool. A mamada foi avaliada com o protocolo proposto pelo UNICEF. Foram criados escores (bom, regular, ruim) para avaliar cada aspecto da mamada a ser observada. Os resultados foram analisados através de estatísticas descritivas e inferenciais e testes de associação (Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher).
Resultados:
O estudo mostrou que 14 bebês apresentaram alteração de frênulo lingual, nos quais três com dificuldade durante a sucção, necessitando de frenotomia na primeira semana de vida e 11 sem dificuldades durante a amamentação. Quanto à avaliação da mamada, 410 binômios mãe/bebê apresentaram o escore bom, 36 regular e 3 ruim. Houve associação estatisticamente significativa entre o protocolo “Teste da Linguinha” e amamentação (p = 0,028) e entre o protocolo Bristol Tongue Assessment Tool e amamentação (p = 0,028).
Conclusão:
Alterações no frênulo lingual estão associadas a interferências na qualidade da amamentação, sendo importante a avaliação do frênulo lingual em recém-nascidos.
PALAVRAS-CHAVE
Freio lingual; Anquiloglossia; Aleitamento materno; Protocolos clínicos