Acessibilidade / Reportar erro

Comparação entre raquianestesia, bloqueio combinado raqui-peridural e raquianestesia contínua para cirurgias de quadril em pacientes idosos: estudo retrospectivo

Comparación entre raquianestesia, bloqueo combinado raqui-peridural y raquianestesia continua para cirugías de cuadril en pacientes ancianos: estudio retrospectivo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Diversas questões envolvem os estudos, as análises e o tamanho da amostra para que sejam demonstrados os benefícios da anestesia regional. Análise de dados geralmente custa menos e requer menos tempo quando comparado com amplo estudo aleatório controlado. Esta análise retrospectiva compara a raquianestesia contínua, o bloqueio combinado raqui-peridural e a raquianestesia simples para cirurgias de quadril em pacientes idosos durante quatro anos, para determinar as possíveis vantagens e desvantagens das três técnicas. MÉTODO: Foram avaliados 300 prontuários sendo que: 100 pacientes receberam raquianestesia simples (Grupo 1), 100 receberam bloqueio combinado raqui-peridural (Grupo 2) e 100 receberam raquianestesia contínua (Grupo 3) nos últimos quatro anos. Todos os bloqueios foram realizados em decúbito lateral esquerdo. Foram avaliados: sucesso de punção, nível da analgesia, bloqueio motor de membros inferiores, qualidade da anestesia, necessidade de complementação, incidência de falhas, parestesias, cefaléia pós-punção, alterações cardiovasculares, confusão mental e delírio, transfusão sangüínea e mortalidade. RESULTADOS: Não existiu diferença significativa entre os grupos em relação a idade, peso e sexo. Os pacientes do grupo 2 foram menores do que os do grupo 1 e 3. As doses utilizadas foram de 15,30 mg de bupivacaína no grupo 1; 23,68 mg no grupo 2 e 10,10 mg no grupo 3. Não foi encontrada diferença significativa (p < 0,01) entre os grupos, sendo menor com a raquianestesia contínua e maior com o BCRP. Existiu uma diferença significativa (p < 0,01) na dispersão cefálica entre os grupos 1 e 2, 1 e 3 e 2 e 3, sendo menor com a raquianestesia contínua e maior com o BCRP. Todos os pacientes apresentaram bloqueio motor completo. Não existiu diferença significativa em relação a hipotensão arterial, bradicardia, parestesia e necessidade de sangue. Dezenove pacientes apresentaram confusão mental no pós-operatório, sem diferença entre as técnicas utilizadas. Não há diferença significativa na incidência de óbitos na primeira semana e no primeiro mês de pós-operatório. CONCLUSÕES: Os estudos retrospectivos geralmente custam pouco e necessitam de menor tempo quando comparado com estudos controlados. Este estudo retrospectivo mostra que as técnicas de anestesia regional cursam com uma baixa incidência de mortalidade no primeiro mês e baixa incidência de complicações.

TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional; TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional; TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional


Sociedade Brasileira de Anestesiologia R. Professor Alfredo Gomes, 36, 22251-080 Botafogo RJ Brasil, Tel: +55 21 2537-8100, Fax: +55 21 2537-8188 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: bjan@sbahq.org