JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A cocaína é a droga ilícita mais freqüentemente associada a óbitos, e suas implicações perioperatórias nos pacientes agudamente intoxicados ou com história de uso crônico precisam ser bem conhecidas pelos anestesiologistas. O conhecimento da neurofisiologia, da farmacologia e das conseqüências fisiopatológicas decorrentes do uso da cocaína poderá facilitar o cuidado desses pacientes. O objetivo deste trabalho foi revisar as informações sobre a cocaína e suas interações com a anestesia. CONTEÚDO: O artigo discute a farmacologia da cocaína, as conseqüências fisiopatológicas decorrentes do seu uso e as interações com a anestesia. CONCLUSÕES: A compreensão e o reconhecimento precoce das complicações associadas ao uso de cocaína são essenciais para o manuseio adequado de pacientes usuários desta droga. O anestesiologista deve estar preparado, pois tanto as anestesias regionais quanto a geral apresentam riscos significativos nesses pacientes.
COMPLICAÇÕES; DROGAS