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Intubação traqueal difícil com fibra óptica em bebê de um mês de idade com síndrome de Treacher Collins

Resumo

Os recém-nascidos e crianças pequenas com malformação craniofacial podem ser muito difíceis ou impossíveis de ventilar por máscara ou de intubar. Gostaríamos de relatar a intubação com fibra óptica de um bebê com síndrome de Treacher Collins usando a técnica descrita por Ellis et al.

Relato de caso:

Uma criança de um mês de idade com síndrome de Treacher Collins foi programada para cirurgia mandibular sob anestesia geral endotraqueal. A laringoscopia direta para intubação oral não revelou a glote. A intubação com fibra óptica usando as abordagens nasal e oral por meio de máscara laríngea de tamanho 1,5 foi tentada, mas ambas as abordagens falharam porque o fibroscópio portando um tubo sem balonete de 3,5 mm ficou preso no interior da cavidade nasal ou dentro da máscara laríngea, respectivamente. Portanto, a máscara laríngea foi mantida no lugar e a técnica de intubação com fibra óptica descrito por Ellis et al. foi planejada: o tubo traqueal com o adaptador de 15 mm removido foi colocado proximalmente sobre o fibroscópio; o fibroscópio foi avançado na traquéia sob visualização em tela devídeo; a máscara laríngea foi removida, deixando o fibroscópio no lugar; o tubo traqueal foi passado completamente através da máscara laríngea e avançado para baixo sobre o fibroscópiona traquéia; o fibroscópio foi removido e o adaptador de 15 mm foi recolocado no tubo traqueal.

Conclusão:

O método de intubação com fibra óptica através de uma máscara laríngea descrito por Ellis et al. pode ser usado com sucesso em bebês com síndrome de Treacher Collins.

PALAVRAS-CHAVE
Síndrome de Treacher Collins; Via aérea difícil; Broncoscópio de fibra óptica

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