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O que a internet ensina à paciente obstétrica sobre a analgesia de parto?

Resumo

Justificativa e objetivos:

Observa-se um crescimento da busca de informação no público geral sobre temas médicos na internet, inclusive em anestesiologia. O objetivo deste estudo foi avaliar a informação existente ao leigo na internet em língua portuguesa sobre analgesia de parto para a população brasileira.

Método:

Com o uso do termo “anestesia de parto”, os 20 primeiros sites encontrados no Google em novembro de 2014 foram avaliados por dois médicos residentes e classificados como médicos e não médicos. Legibilidade e desenho - acessibilidade, confiabilidade e navegabilidade - foram comparados por meio das ferramentas Fresh (Flesch Reading Ease Score) e Lida (Minervation Validation Tool for Healthcare Websites). O conteúdo dos sites foi confrontado em relação à literatura médica.

Resultados:

Sites médicos e não médicos foram considerados de difícil leitura de acordo com o Fresh. Em relação ao desenho, não houve diferença entre os grupos quanto à navegabilidade. Entretanto, a acessibilidade foi considerada superior em sites não médicos (p= 0,042); enquanto que a confiabilidade foi maior em sites médicos (p= 0,019).

Conclusões:

Com aumento da busca de informações em saúde na internet e aumento da preocupação de melhorar a qualidade de assistência ao parto, é fundamental que o conteúdo disponível ao leigo sobre analgesia de parto seja de qualidade e compreendido. Este estudo demonstrou que tanto sites médicos como não médicos são de difícil leitura; e que os sites não médicos são mais acessíveis, enquanto os médicos são mais precisos.

PALAVRAS-CHAVE
Internet; Informação ao paciente; Analgesia obstétrica

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