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"Dê-me segurança ou lhe dou um não": em busca do eleitor mediano no referendo das armas

Em 2005, a sociedade brasileira participou de um referendo sobre o comércio legal de armas de fogo, e optou pela deste comércio. Nesse processo dois grupos de interesse foram formados, o grupo do SIM, favorável à proibição do comércio de armas de fogo, e o grupo do NÃO, em posição oposta. Assim, o objetivo deste artigo é analisar os argumentos de cada grupo, a partir de um modelo analítico e identificar os determinantes do resultado do referendo, utilizando dados em nível municipal. Os resultados indicam que a proporção de votos no NÃO é negativamente correlacionado com a taxa de homicídio em 2002 e positivamente correlacionado com a variação desta taxa de 1995 a 2002. Assim, nos municípios em que a recente da violência foi maior, os cidadãos não desejam abrir mão do direito de adquirirem armas de fogo.

Armas; Desarmamento; Referendo; Eleitor mediano


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